Olá meu amor, meu grande amor, hoje eu abri a porta e vi você aí no sofá da sala, tão calada, quieta, muda. Não olhava, não piscava, apenas parada, fria como uma estátua viva. Olhei nos teus olhos, procurei por ti, tentei te encontrar, mas não te achei.
Eu sei, me desculpe meu grande amor, pois nos últimos tempos tenho andado distraído, disperso, relapso, sei que não tenho sido aquele cara que você conheceu, que se apaixonou, que quis logo ouvir a voz, abraçar, beijar, que achou que poderia ser o pai dos seus filhos, que achou que era o “guia” do seu sorriso.
Tenho viajado por estradas áridas, nadado em rios de águas turvas, respirado ares secos. Estou parado nesse “engarrafamento”, estou desorientado diante desse caótico contexto, estou pisando na minha própria sombra. Sei que você não tem nada haver com isso, sei que você não tem culpa, sei que você só quer o meu bem, sei que você ainda sonha com os “raios de sol”, ainda sei o quanto você é linda.
Agora, com a dor no peito, e a melancolia na minha alma, lembro daquela vez que subimos no alto daquela montanha, caminhávamos de mãos dadas, muito felizes, ao redor daquele imenso lago, cristalino, transparente, rico em vida e diversidade, se podia ver os peixes nadando, as plantas nascendo e as tartarugas se banhando ao sol.
Nesse momento não dissemos nada um ao outro, apenas nos olhamos, nos beijamos, nos abraçamos, éramos tão felizes e completos que não precisávamos de palavras, pois o nosso amor era verdadeiramente cristalino, transparente e rico...
2 comentários:
Demais.
Mto legal este texto....bah show de bola....Gostei demais do teu blog!!!! Congrats!!!!!
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