quinta-feira, 28 de julho de 2011

Beatriz

Ao som de quem cantava,
Vinda pra terra,
Para a nossa Garopaba.
Filha de Santa,
Catarina também,
De resto é prosa,
E uma bailanta convém.
Guria nossa,
Linda e faceira.
E sempre há quem possa,
Dizer de estrelato,
Já vi esse rosto,
És filha do Renato!
Mas não só isso,
Pois mesmo que não rime,
Também lhes digo,
És filha da Karine!
Da Leopoldina,
Não uma Imperatriz,
Mas sim uma princesa,
A nossa Beatriz!

Resignado

Resignado na ilha,
Procurando sair dessa armadilha.
Onde está a saída?
Dessa praia escondida.
Atento ao temporal,
Não preocupado com o vendaval.
Diante da paisagem,
Não fazendo disso só uma miragem.
Preocupado com o tempo,
E rindo para esse pequeno contratempo.
Nadando com o tubarão,
Sem medo da próxima canção.
Caminhando até o farol,
Em dias de forte sol.
Na busca do luar,
Para quem sabe, sossegar.
Indo ao encontro dela,
A bela aquarela.

domingo, 12 de junho de 2011

Tudo passa

Até a chuva passa
E quem sabe faça
Encher de graça
Até o grito da massa
Porque nem tudo é uva passa
Nessa história
Que não é só fumaça
Ao olhar atento
De quem ameaça
E nem o alento
De quem entrou de graça
E ainda sim
Tenta se esconder na negaça
Mas é tudo na raça
Pois essa gente não é só carcaça
Não veio aqui só de pirraça
E sabe que um dia,..
Tudo isso,.. passa...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ao certo...

Não sei até que ponto o sonho ou a realidade
Até que ponto o certo é o incerto
Só sei que por horas o certo se faz do incerto
E de tanto incerto, quem sabe eu acerto
Mas ainda não estou bem certo
De que ao certo, nem tudo está perto
E eu ainda me cerco
Porque sei lá,
E se aparecer o incerto?
O que sei ao certo
É que sempre tento chegar bem perto
Daquilo que acredito ser o certo

domingo, 23 de janeiro de 2011

O esconderijo atrás de muros perdidos

Não preciso me esconder dessa circunstância perdida da razão,
Também não sou a razão,
E daqui a pouco não terei nem mais o pão,
O arroz e o feijão.
E, então?
O que resta dessa festa?
Mas não me peça,
Já estou com pressa,
E de saco cheio a beça.
E agora, sou eu quem digo:
Entendi, o “tal” perdido,
Lembro-me do que estava esquecido.
Foi naquele dia de mar agitado,
Dia do cachorro fugido.
No que apertei a tua mão,
Diante daquela confusão,
Veio o furacão.
Ao olhar nos teus olhos,
Me perdi na redenção.

Nas corredeiras do horizonte

Em um dia qualquer,
Numa transfigurada manhã,
Ouço os prantos de Martina.
Agora arrependida, ferida.
Não deu ouvido aos conselhos,
Não deu chance à razão.
Se cegou na ilusão,
Se perdeu na ambição.
Agora tenta se justificar,
Se diz enganada, iludida.
Vítima?
Sim, vítima sim!
De si mesma,
De sua ganância,
De sua prepotência.
Do seu incansável desejo de ter o que não tem,
E de ser o que não é.

Preciso Velejar

Não existem respostas imutáveis
Eu só quero me confundir ainda mais
Ter o teu querer mais o que não querer
Eu só quero um abraço silencioso
Um olhar carinhoso
Não quero nada que não tenhas
Eu só quero que venhas...

Com o vento que tanto sopra
Colocarei meus marujos a trabalharem
Que virem as velas
Que cuidem da direção
E saibam perceber em qual você está
Não me deixe em um dia de águas paradas
Não me deixe em um dia de vento estagnado
Sou a intensidade da brisa
E preciso velejar!