sábado, 26 de janeiro de 2013

Contigo quero estar...

Lembra...
Sou o poeta do vento,
Do mar, e do tempo.

Quero te pegar a contento,
Do meu jeito, sem contratempo.

Ter o teu olhar mais do que imaginar,
E ao teu lado rir do que está por vir.

De verdade sim,
Contigo quero estar...

domingo, 16 de dezembro de 2012

A Conchagem Perfeita!

Nem tão líquor
Nem tão manteiga
50/50 de uma conchagem perfeita

Do suor do trabalho
E da crença da vitória

Ensinamentos que vieram na hora certa
Mais que gaivotas no ar
Mais que estrelas no céu

Fazendo do agora o provável
E do provável a conquista do presente!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Beatriz

Ao som de quem cantava,
Vinda pra terra,
Para a nossa Garopaba.
Filha de Santa,
Catarina também,
De resto é prosa,
E uma bailanta convém.
Guria nossa,
Linda e faceira.
E sempre há quem possa,
Dizer de estrelato,
Já vi esse rosto,
És filha do Renato!
Mas não só isso,
Pois mesmo que não rime,
Também lhes digo,
És filha da Karine!
Da Leopoldina,
Não uma Imperatriz,
Mas sim uma princesa,
A nossa Beatriz!

Resignado

Resignado na ilha,
Procurando sair dessa armadilha.
Onde está a saída?
Dessa praia escondida.
Atento ao temporal,
Não preocupado com o vendaval.
Diante da paisagem,
Não fazendo disso só uma miragem.
Preocupado com o tempo,
E rindo para esse pequeno contratempo.
Nadando com o tubarão,
Sem medo da próxima canção.
Caminhando até o farol,
Em dias de forte sol.
Na busca do luar,
Para quem sabe, sossegar.
Indo ao encontro dela,
A bela aquarela.

domingo, 12 de junho de 2011

Tudo passa

Até a chuva passa
E quem sabe faça
Encher de graça
Até o grito da massa
Porque nem tudo é uva passa
Nessa história
Que não é só fumaça
Ao olhar atento
De quem ameaça
E nem o alento
De quem entrou de graça
E ainda sim
Tenta se esconder na negaça
Mas é tudo na raça
Pois essa gente não é só carcaça
Não veio aqui só de pirraça
E sabe que um dia,..
Tudo isso,.. passa...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ao certo...

Não sei até que ponto o sonho ou a realidade
Até que ponto o certo é o incerto
Só sei que por horas o certo se faz do incerto
E de tanto incerto, quem sabe eu acerto
Mas ainda não estou bem certo
De que ao certo, nem tudo está perto
E eu ainda me cerco
Porque sei lá,
E se aparecer o incerto?
O que sei ao certo
É que sempre tento chegar bem perto
Daquilo que acredito ser o certo

domingo, 23 de janeiro de 2011

O esconderijo atrás de muros perdidos

Não preciso me esconder dessa circunstância perdida da razão,
Também não sou a razão,
E daqui a pouco não terei nem mais o pão,
O arroz e o feijão.
E, então?
O que resta dessa festa?
Mas não me peça,
Já estou com pressa,
E de saco cheio a beça.
E agora, sou eu quem digo:
Entendi, o “tal” perdido,
Lembro-me do que estava esquecido.
Foi naquele dia de mar agitado,
Dia do cachorro fugido.
No que apertei a tua mão,
Diante daquela confusão,
Veio o furacão.
Ao olhar nos teus olhos,
Me perdi na redenção.

Nas corredeiras do horizonte

Em um dia qualquer,
Numa transfigurada manhã,
Ouço os prantos de Martina.
Agora arrependida, ferida.
Não deu ouvido aos conselhos,
Não deu chance à razão.
Se cegou na ilusão,
Se perdeu na ambição.
Agora tenta se justificar,
Se diz enganada, iludida.
Vítima?
Sim, vítima sim!
De si mesma,
De sua ganância,
De sua prepotência.
Do seu incansável desejo de ter o que não tem,
E de ser o que não é.

Preciso Velejar

Não existem respostas imutáveis
Eu só quero me confundir ainda mais
Ter o teu querer mais o que não querer
Eu só quero um abraço silencioso
Um olhar carinhoso
Não quero nada que não tenhas
Eu só quero que venhas...

Com o vento que tanto sopra
Colocarei meus marujos a trabalharem
Que virem as velas
Que cuidem da direção
E saibam perceber em qual você está
Não me deixe em um dia de águas paradas
Não me deixe em um dia de vento estagnado
Sou a intensidade da brisa
E preciso velejar!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Doce morena!

Trazida do vento,
Foragida do tempo,
Perdida no centro.

Ainda não são vinte,
De olhos abertos,
Pensamento inquieto.

Um sorriso calado,
Um sonho realizado,
Um encontro premeditado.

Palavras no peito,
Engano desfeito,
Agora outro conceito.

Coração pulsante,
Vestido insinuante,
Gesto atenuante.

Há sombra da lua,
Ao alcance da boca,
O gosto do novo.

Pele macia,
Coração de menina,
Beleza de mulher.

Simplesmente, doce morena...

domingo, 4 de julho de 2010

Encontros

Sempre seremos resultado daquilo que faremos, ou deixamos de ter feito, sobretudo daquilo que acreditamos que podemos fazer, convictos ou não.
Essa é nossa sina, e a partir daí, encontros acontecerão naturalmente, sejam oportunos ou casuais.
Porém, o que torna esses "momentos" verdadeiros, é o quanto nos doamos na entrega...
E nesse grande palco da vida, ensaios não faltarão, pra nos ensinar que podemos quase sempre transformar o causal em oportuno...
Nesse caso, e em todos os outros, poderá ser... Um grande barato!

Salve aqueles que fazem do alto-astral e da verdade, o seu cartão de visita!

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Sol e a Sombra

Não diga nada.
Apenas escute.
Estou falando com você.
Sim, com você mesmo.
Se acomode bem, relaxe.
Preste atenção.
Total atenção.
Mande "eles" se calarem.
Peça silêncio.
Tenho algo importante para te dizer.
Do seu total interesse.
Tenho certeza que você quer saber.
Afinal, a curiosidade está em você.
Você sabe que dia é hoje?
Pois é....
Você não sabe...
Caramba, você não sabe!
Tudo bem, ninguém é perfeito.
Eu também não sou perfeito,
E que bom que não somos perfeitos.
Parace que você não se deu conta.
Mas a hora é chegada...
Abrace quem te abraça.
Beije quem te beija.
E mais que tudo..,
Estenda a tua mão,
Para quem a ela precise.
Agora vá!
Faça o que você espera de você.

Ainda é o Mundo

O Mundo....
Cheio de encantos e desecantos.
Cheio de espaços e de vazios.
Cheio de chegadas e de saídas.

Nós e o Mundo.
A riqueza e a pobreza.
A força e a fraqueza.
A alegria e a tristeza.

Ah... Nós e o Mundo.
O tudo e o nada.
A fome e a gula.
A sombra e a luz.

Eh... Nós e o Mundo.
A angústia e a satisfação.
A areia e o deserto.
O achado e o perdido.

Nós e o mundo....

E o mundo pra nós?

Tua falta!

Hoje eu senti tua falta.
Dormi contigo.
Sonhei contigo.
Acordei contigo.

Hoje eu senti tua falta.
Pensei em ti.
Ri de ti.
Falei em ti.

Hoje eu senti tua falta.
Te olhei.
Te abracei.
Te beijei.

Hoje eu senti tua falta.

Só hoje, eu senti a tua falta.... Só hoje.....

sábado, 13 de março de 2010

Pegadas!

Hoje é o dia da partida,
talvez um pouco trágica,
talvez um pouco cômica.
Apenas uma partida.

Não uma partida de futebol,
ou voleibol ou basquetebol.

E sim,
uma partida com cara de despedida,
com cara de tchau, de adeus,
ou então quem sabe,
apenas com cara de até logo.
Até breve... Ainda nos veremos!

É o dia de torcer o pescoço,
olhar para trás.
Revistar o passado ressente.
Lembrar, pensar, avaliar,
rir, chorar, falar, calar...
Enfim... Suspirar...
Pois essa, já passou.

Sucessos e fracassos fizeram parte,
talvez sempre farão.
Saber ponderá-los,
com certeza, será a questão.

Contudo, enalteceremos as conquistas.
Há conquista!
A conquista de ir, ficar, batalhar, realizar.
Mais que tudo... Acreditar!

Porém, nem só de ouro se faz à riqueza.
Nem só de pólvora se vence a guerra.

Então à hora é chegada.
Temos que partir.

Levaremos em nossos braços,
toda a nossa bagagem e apetrechos.
E em nosso peito levaremos o encantamento,
de um lugar rico em sabedoria e aprendizado.

Não somente pelo lugar,
mas por quem fazia desse lugar, ser O Lugar.

E lá, talvez ainda voltaremos,
porque as nossas pegadas,
ficarão para sempre.

sábado, 31 de outubro de 2009

Alma em Devaneio

Oh doce devaneio!
Por ti sempre procuro,
A ti sempre encontro,
Em ti sempre me escondo.

Oh doce devaneio!
Não sei se eles sabem,
Não sei se eles entendem,
Não sei se eles enxergam.

Oh doce devaneio!
Fuga da padronização,
Substrato da incompreensão,
Liberdade da imaginação.

Oh doce devaneio!
Ligeiramente distante,
Infinitamente constante,
Sabiamente emocionante.

Oh doce devaneio!
Divagação efervescente,
Fantasia contundente,
Sonho permanente.

Calado e falante,
Sempre devaneio...

sábado, 17 de outubro de 2009

Para onde mesmo?

Ande, ande.
Corra, corra.
Pare!
Olhe!
Aonde você está indo?
Você sabe?
Que caminho é esse que você escolheu?
Difícil, heim...
Ok, ok.
Não desista,
Siga, siga.
Vá!
Vá!
Para onde mesmo?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Só Palavras...

Palavras ao vento,
Palavras no chão,
Só simples palavras,
Quem sabe, um refrão.
Ah palavras, palavras...
E quem disse então?
Tolas palavras,
Ingênuas palavras,
Apenas um mutirão.
Sendo assim,
As palavras,
Se escoem pelas mãos.
Sem textos,
Sem frases,
Perdidas na multidão.
Quem sabe,
Agora sim,
Um refrão.
Cheio de emoção,
Inundado de inspiração,
E repleto de gratidão...

sábado, 3 de outubro de 2009

Você!

You are here!
Ei aonde você está?
Pra onde você vai?
Quem você é?
O que você quer?
O que você pensa a respeito de você?
O que você vai querer comer?
O que você vai querer beber?
Você não gosta de peixe!
Você não bebe vinho!
Por que você está se levantando?
Por que você está vestindo a roupa?
O que houve com você?
Para onde você está indo?
Não bata a porta...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Apenas um Nômade

Então lá vai o Nômade, perdido, sozinho, caminhando para lugar nenhum. Olha para o céu e disparada gargalhadas... hahahaha...., e em tom de cobrança, pergunta: Ei, você ainda está aí? Você ainda está aí?

Louco, insano, não está bêbado, não está drogado, apenas ironiza o vento, debocha da tempestade que paira em seu céu, mas que insiste em só amedrontar e não aparecer.

Chuta as placas, soca o ar, grita com quem não ouve, se faz de surdo com quem muito fala, sente raiva, sente pena, é um incompreendido, é apenas um Nômade.

Palavras de um Velho Mestre

Certa vez, ouvindo atentamente os ensinamentos do meu velho mestre, ele, com toda sua calma e serenidade, me olhou fixamente, e com o alcance de suas sábias palavras, me falou:

A ti, meu nobre discípulo, te digo novamente o que já sabes, mas por muitos momentos insiste em não ver:

Por hora, serás tu, o dono da tua verdade, e ela, ninguém te tirará, contudo, contenha seus atos e impulsos, pois não esqueça que sua força é exatamente do tamanho da sua fraqueza, e o equilíbrio dessa balança será o teu guia.

Siga o teu caminho, seja forte, e ao mesmo tempo seja ponderado. Continue sempre olhando para frente, nunca deixando de olhar para os lados, preste atenção no inimaginável, acredite e de credibilidade para o sopro, para o suspiro, respeite o seu medo.

Não se desiluda com um período (momento) ruim, pois com certeza há algo bom lá também, o negativo nunca vem sozinho, com ele sempre virá o positivo, por mais que se pareça muito difícil enxergar isso, com certeza, o positivo também está lá, a espera de ser notado.

O Olhar de Ana!


Aos olhos de quem vê,
Vejo a Bela,
A Ana,
A Ana Bela,
Ela, aquela,
Que com apenas a força do seu olhar,
Fala por si só,
Fala sem palavras,
Fala sem piscar...

E o que ele diz?
Ah... só ela poderá lhe contar...

Mas de antemão já lhe adianto,
Verdadeiro com certeza será,
Pois a verdade de um olhar,
Sempre prevalecerá.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cristalino, transparente e rico...

Olá meu amor, meu grande amor, hoje eu abri a porta e vi você aí no sofá da sala, tão calada, quieta, muda. Não olhava, não piscava, apenas parada, fria como uma estátua viva. Olhei nos teus olhos, procurei por ti, tentei te encontrar, mas não te achei.

Eu sei, me desculpe meu grande amor, pois nos últimos tempos tenho andado distraído, disperso, relapso, sei que não tenho sido aquele cara que você conheceu, que se apaixonou, que quis logo ouvir a voz, abraçar, beijar, que achou que poderia ser o pai dos seus filhos, que achou que era o “guia” do seu sorriso.

Tenho viajado por estradas áridas, nadado em rios de águas turvas, respirado ares secos. Estou parado nesse “engarrafamento”, estou desorientado diante desse caótico contexto, estou pisando na minha própria sombra. Sei que você não tem nada haver com isso, sei que você não tem culpa, sei que você só quer o meu bem, sei que você ainda sonha com os “raios de sol”, ainda sei o quanto você é linda.

Agora, com a dor no peito, e a melancolia na minha alma, lembro daquela vez que subimos no alto daquela montanha, caminhávamos de mãos dadas, muito felizes, ao redor daquele imenso lago, cristalino, transparente, rico em vida e diversidade, se podia ver os peixes nadando, as plantas nascendo e as tartarugas se banhando ao sol.

Nesse momento não dissemos nada um ao outro, apenas nos olhamos, nos beijamos, nos abraçamos, éramos tão felizes e completos que não precisávamos de palavras, pois o nosso amor era verdadeiramente cristalino, transparente e rico...

domingo, 16 de agosto de 2009

Duas Cores de um Povo

"Rivalidade" não se escolhe, acontece. E desde muitos e muitos anos, um determinado povo do país-continente se viu deparado a ter que aprender a lidar com essa doce-amarga herança, que trilhava em seu caminho, onde fazer uma escolha, não era uma escolha, era uma regra. E disso se fez aprendiz, aluno e mestre...

Em uma terra distante, onde o frio dos trópicos sempre se fez marcante e muitas vezes determinante, sobreviver não era suficiente, era necessário algo mais, era necessário ser movido pelo ímpeto da vitória, do sucesso e da conquista...

Forjado neste contexto, filho desta terra, lá estava este povo, em pé, da arma em punho e olhos abertos, e em sua boca o gosto do sangue, de muitas lutas, batalhas e combates... povo herói, aguerrido e bravo.

Tinham como guia, seus ideais, suas crenças e suas convicções, sem haver tempo para hesitar ou questionar. Porém, havia o "outro lado", que pensava diferente, acreditava na outra vertente, no outro caminho, no outro brasão. Regidos pela questão do "poder", ou do dinheiro ou da política, lá se vão eles... Charruas ou Guaranis, Farroupilhas ou Imperialistas, Chimangos ou Maragatos, PTs ou Anti-PTs, Azuis ou Vermelhos...

Diferentes dos tempos antigos, (há algum tempo, 100 anos) a "peleia" vem sendo outra, dessa vez, não movida pela posse e sim movida pela paixão... Paixão de um time, paixão de uma cor, de um escudo, paixão do Azul, paixão do Vermelho... Torcedores convictos, que o seu clube sempre será o melhor, sempre será o superior...

E que rivalidade... Discuti-se por tudo, briga-se por tudo, não aceitando por momento algum, que "o outro", o rival, seja melhor ou esteja melhor, que tenha a maior torcida, que tenha mais sucesso... Essa rivalidade está estampada nas janelas, nos muros, nas fachadas.

Rivalidade que vai além do branco e do preto, pois os Azuis sempre irão olhar para o vermelho com um certo ar de desprezo, assim como os Vermelhos sempre irão olhar para o azul com um também certo ar de desprezo, bom, e por aí vai...

Contudo hoje, nas mãos deste povo não existem mais armas, e sim bandeiras e faixas, em suas bocas não há mais gosto de sangue, e sim músicas, hinos e gritos de incentivo, e em seus corações, o sonho de ver o seu time campeão!


São fortes, porque são rivais, porque são filhos da mesma terra, aquela de muitas lutas, guerras e batalhas...


"Sirvam as nossas façanhas de modelo a toda terra"

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Aos Olhos do Vento

Aos olhos do vento
Me permito a enxergar...
além das janelas,
além dos muros,
além dos oceanos.

Aos olhos do vento
Me permito a enxergar...
no voar dos pássaros,
no nadar dos peixes,
no correr dos homens.

Aos olhos do vento
Me permito a enxergar...
no chorar das crianças,
no latir do cães,
no gritar dos loucos.

Aos olhos do vento
Me permito a enxergar...
além da face,
além do cinza,
além do sonho...

A Melhor Viagem

O "senhor tempo" é o mais pragmático e enigmático de todos nós... Pois ele não pára nunca, sempre está em ação, em movimento. Num simples piscar de olhos, nos damos conta que ele está lá, firme e forte, trabalhando com sempre, caminhando ou voando como nunca... Pois é, ele “o tempo”, passa tão ligeiro que por vezes não nos damos conta que o hoje já não é mais hoje, é ontem, e o amanhã já é o hoje...

Digo tudo isso, porque até "ontem" eu estava buscando informações e conhecimento para fazer uma grande viagem, melhor dizendo, uma viagem grandiosa. Pois então eu fui, morei lá alguns anos, estudei, trabalhei, viajei, e isso tudo já é passado, pois o hoje é novamente o mesmo porto.

Foi um período fantástico, apesar de todas as roubadas, perrengues e obstáculos, foi incrível essa busca pelo novo, pelo desconhecido, essa oportunidade de se deparar com o inesperado e o inusitado, transformando isso tudo em uma rica experiência a ser contada. Tantos lugares, pessoas, emoções, situações, culturas, novidades, idiomas, enfim... ir até lá.

No momento que se entra "naquela viagem” é um mundo novo que se abre, repleto de surpresas e desafios constantes, fazendo de tudo aquilo algo único, onde o que imaginamos anteriormente é muito diferente do que viveremos. Não que isso seja bom ou ruim, isso é simplesmente a vivência por nós mesmos, porque nesse caso, seremos nós quem irá contar a história, porque nesse caso nós somos os protagonistas da história...

Além dos inúmeros aprendizados, foi um tempo de encontros e re-encontros, e se re-encontrar com sigo mesmo, foi a melhor viagem...

Mais um Dia...

Mais um dia me deparo com o marasmo da minha realidade, cercado de filmes, livros e sonhos. Tento pensar em algo diferente, em algo novo que possa ser interessante de ser dito, de ser lido, mas nada me vem à cabeça, me sinto refém da minha própria simplicidade, uma simplicidade que governa os meus caminhos, não deixando dar dois passos sem ficar na dúvida do que eu estou fazendo, não se aquilo está certo ou errado, mas se aquele é o momento, se aquela escolha é a certa. Na verdade, só sei me perguntar, e me perguntar e me perguntar...

Tenho andado um pouco calado nos últimos dias, calado comigo mesmo, talvez. Procurando alguém que não consigo encontrar, alguém que não sei nem como é, mas sei que quando à hora chegar encontrarei quem procuro. Não consigo visualizar o que a sua imagem passa, mas é como já ouvisse a sua voz, ainda muito sutil e singela, quase um murmuro ao meu ouvido, e é como sua presença já estivesse anunciando a sua chegada...

Ainda me pergunto, será que quero viajar? E pra onde devo ir? Será que um dia eu realmente quis isso para a minha vida, ou me iludi com sonhos de que lá eu encontraria o que aqui não consigo.

Reflito constantemente a minha existência, sobre tudo quando me deparo com situações, pessoas e contextos tão pequenos que vivem a me cercar, me questiono até que ponto estou preso a este universo tão menor do que eu, não que eu me sinta soberano aquilo que vivo, mas algo insiste em me dizer que aquele não é o meu mundo. Mas que mundo será este então? Será aquele lugar que paira sobre os meus sonhos, quando estou de olhos abertos? Ou então, será um contexto que ainda não consigo imaginar?

De certa forma, me vejo prisioneiro da minha própria insegurança, insegurança de não acreditar nos meus sonhos, nos meus ideais, fazendo me sentir menos do que sou, sei que posso muito mais, sei que sou muito mais daquilo que já fiz, que já construí, pois a vertente que vou seguir, já foi definida...

Tarde de Sábado!


Hoje é mais um dia de novembro de um ano qualquer do começo do século vinte e um. É um sábado de sol e céu azul, entretanto não se trata apenas de um dia comum, estou falando de um dia diferente, um dia especial, ainda não sei o porquê disso, mas sei que logo vou descobrir...

A temperatura está na casa dos 30ºC, em plena tarde de primavera na bela capital da antiga Província de São Pedro, casualmente estou no recinto do meu lar, o que não é muito comum para um dia como este, pois agora, provavelmente estaria admirando a incomparável paisagem do indescritível pôr-do-sol do Guaíba, e apreciando um saboroso mate-amargo na companhia da minha esposa e dos meus filhos.

Diante deste cenário, "algo" me prendia nas paredes do meu apartamento, talvez sem ter muita certeza do que estava fazendo achei que era necessário entrar em contato com a rede mundial dos computadores, pois lá encontraria a resposta desta misteriosa tarde de sábado.

Após navegar por alguns sites distintos (surf, cinema, história, etc...), me lembrei do meu e-mail, e também dos meus velhos amigos, que aliás, já fazia algum tempo que estes não se manifestavam como antigamente.

Ao abrir minha caixa de mensagens, encontro diversos e-mails indesejados, o que não é nenhuma novidade, mas no meio destes há um muito precioso, de um saudoso e velho parceiro, amigo de todas as horas, amigo esse que já não habitara mais o pago onde nasceu e cresceu, pois agora toca o seu gado nas pastagens de outros rincões desse país-continente.

Então comecei a desvendar o que havia por trás daquelas poucas frases e palavras, pois nesse momento meu coração já batia forte e minha ansiedade era nítida, então lá dizia mais ou menos assim: é com muita alegria, felicidade e orgulho, que...

Finalmente eu começava a entender o que esta maravilhosa tarde de sábado me reservara, pois instantemente um enorme sorriso, de também alegria e felicidade, dispara em meu rosto, pois o filho do meu grande amigo está a caminho...

Peregrino

Peregrino do Amor,
peregrino da cor.
Em busca de alegria,
no caminhar do dia-a-dia.
Nos perdemos na direção,
no vento, na chuva, no chão.
Nos perdemos no vulto,
no barulho, no tumulto.
Nos perdemos na rua,
na praça, na lua, na sua.
Queremos ouvir o tom,
sentir o toque do som.
Queremos emoção,
boca, pele, mão.
Queremos fascinação,
beijo, carinho, paixão.
Queremos encontrar,
já chega de procurar....

O Tempo Passou...

Depois de muito tempo voltei ao saudoso colégio onde estudei, onde passei grande parte da minha infância e adolescência. Já se passara quinze anos da minha formatura, e ainda me lembro muito bem daquela magnífica noite de dezembro, onde o desconhecido universo acadêmico pairava no meu imaginário.

Tudo estava muito diferente, as pessoas que ali transitavam já não eram mais as mesmas, os alunos já não diziam as mesmas coisas, e as antigas brincadeiras já não tinham a mesma graça.

Porém, aquelas paredes ainda continuavam intactas, cheias de histórias, lembranças e momentos, era só fechar os olhos e ver um filme passar no pensamento, e foi nesse mesmo fechar de olhos que o mundo passou tão rápido, porque quanto eu os abri, tudo já estava mudado, o mundo já estava mudado, a efervescência, a atitude e a vivacidade daqueles tempos já não existiam mais, agora tudo é muito rápido, voraz, insólito...

É tudo a base do celular, da internet, do msn, do orkut, da música eletrônica, e tantas outras coisas que se tornaram tão superficiais e efêmeras quanto as que ainda estão por vir.

Um contexto cheio de lacunas que talvez um dia sejam preenchidas por aquilo que a maioria ainda não percebeu que é o mais importante.